“Ficar”
Mal se conhece e o pessoal já está se beijando, abraçando e trocando carinhos... Pai e mãe ficam logo de “cabelo em pé”: “Que namoro rápido é esse?!” Engano! Eles estão ficando, e isso às vezes é difícil para os pais entenderem e, se entendem, ficam preocupados...
O ficar, podemos dizer, é um ensaio, uma descoberta a dois. É um treinamento para relações futuras.
No passado, existia o que os adultos de hoje chamavam de “dar um amasso”. Isso acontecia às escondidas, com os meninos forçando a barra e as meninas não podendo dizer que estavam a fim. Hoje, o ficar, além de ser às claras, ocorre com a permissão das garotas, sendo que muitas tomam iniciativa. Houve uma evolução de igualdade de direitos. É mais ou menos assim: “Olha, eu só estou te conhecendo, mas não temos nada um com o outro”.
O grau de intimidade que pode ocorrer vai depender de cada pessoa e também dos timites que se estabelecem. Enfim, eu não tenho nada contra o “ficar”, mas tenho com meninas que literalmente, ficam com milhões em um dia. O ficar é normal, hoje em dia, você vai pra uma balada e eu tenho certeza que você verá no mínimo 5 pessoas ficando, e sério mesmo, eu acho bem melhor que namorar (em certas ocasiões), porque imagine você começa a namorar num dia e no outro já termina o namoro? É melhor ficar que você só tem compromisso naqueles “segundos, minutos”.
Também é um exagero quando alguém que mal chegou na festa já quer ficar; quer dizer, quando a ficada é mais importante que a diversão e a festa. Esse exagero pode mostrar insegurança, carência. O menino acha que é aceito pelos colegas quando está com alguém, Cuidado com isso!
Enfim, namore quando realmente houver sentimento, brincar com os sentimentos dos outros é ruim e você não vai gostar quando fizerem isso com você. Quer ficar? Fique!
(Emily Guedes, Gabriel Melo, Joyce Bernardina)